terça-feira, 11 de agosto de 2009

quebra-cabeças mental

obrigado a todos que visitam este espaço, isso me motiva a continuar escrevendo... espero novos comentários, sugestões e críticas...
aguardem, pois em breve algumas novidades brotarão por aqui, especialmente na parte gráfica/visual, tão logo eu consiga dominar esse incrível mundo da diagramação bloguística... aceito sugestões em relação a isso também!
assim sendo, vamos ao discurso nonsense de hoje:


minhas idéias não me pertencem
partilho com o mundo
tudo aquilo que é meu por direito

me intimo a fazê-lo,
no meu íntimo
não sei mentir
gaguejo, hesito, tartamudeio
mas sou capaz de enganar com maestria
por permanecer imerso em ilusões...

a força do vento sibilante desta madrugada
além de arrancar uma árvore
me soprou revelações desconfortáveis
a recusa aguda ao bom senso
acusa um calculado desleixo
cumprindo simétrica função
nesse delicado equilíbrio instável
de uma mente por demais confusa
não consigo fugir dessa sina
entre ciclos, pausas e retomadas
me encontro entre respostas vãs
tudo aquilo que decifro me encarcera
mantendo-me cativo das sensações e dilemas
enquanto o tempo cumpre o seu papel
ponho as barbas de molho
na devida medida
que o pelo cresce
me torturo nesse epifânico enduro
interminável e hercúleo
nessa árida jornada lírica
atrás das palavras adequadas
em uma inútil tentativa
de sintetizar o inefável
rascunhando em línguas mortas
todos os sonhos e desejos perdidos
para fazer dos signos possíveis
espelho e escudo
contra meus próprios humores
prosa, poesia, drama, tragédia, ou pura ironia
nada mais são do que rótulos
explicitam, ilustram, sem traduzir
memórias, momentos, lamentos inglórios
pequenos pedaços do todo que me interessam
pois apenas
me deformando
dessa forma
seria capaz de remontar minha essência
tornando a jornada neste plano
um permanente mosaico humano

rodrigo cruz

"aprendi a caminhar, desde então gosto de correr. aprendi a voar; desde então, não preciso de que me empurrem, para sair do lugar.
agora, estou leve; agora, voo; agora, vejo-me debaixo de mim mesmo; agora, um deus dança dentro de mim"
(nietzsche, em: assim falou zaratustra, p. 58)





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