sábado, 24 de maio de 2008

(des)escrevendo - desperdiçando ideias no mundo irreal

Pergunta: Como aprimorar a prolixidade?


Resposta:

Bem, aproveitando o ensejo, seria de suma valia questionar se o conjunto de práticas socio-comunicativas convencionalmente entendidas pelo termo "prolixidade" são passíveis de desenvolvimento evolutivo através da experiência adquirida, mas tendo em vista a necessidade de sintetizar meus pensamentos de maneira resumida, acabo por me ater à tentativa de, considerando o intrincado arcabouço de possibilidades cognitivas, culturais, epistemológicas, teóricas e demais restrições conceituais que possam influenciar diretamente qualquer tipo de elaboração intelectual por mim estabelecida, elucidar suas dúvidas que originaram o tópico em questão.

assim, posto isso, entendo que cada indivíduo prolíxo detém um estilo uníco, tal qual a expressão ímpar de sua individualidade, de sua essência criativa, de sua centelha divina que, supostamente, nos diferencia dos demais seres que habitam a orbe planetária, então cabe ao orador arguto apurar suas competências no esgrimir retórico, mantendo a coesão no elemento conectivo que o agrega ao interlocutor, de modo a manter a fluidez comunicativa dentro dos requisitos salutares nos quais se pautam uma boa conversa, esteja ela estabelecida nos moldes coloquiais ou nos ditames da norma culta, o que assegura uma suposta neutralidade estilística, onde os falantes não se sentem pressionados ou acuados.


posso finalizar estas breves considerações estimulando o virtual missivista a lapidar o seu estilo, a sua técnica, a sua assinatura retórica, empreendendo assim, jornada assaz hercúlea na busca por autoconhecimento, por que não? os entusiastas do parnasianismo e de mais gênios da obviedade podem discordar, mas entendo que apenas o nobre colega que sucitou tal problemática será capaz de, mediante intrincada operação analítica, obter suas respostas de modo a sanar suas pertinentes indagações.
(Rodrigo Cruz, 24/05/08)


<<<musicas que (ins)piram>>>
na frente do reto - o rappa
polegar opositor - inumanos
vagabundo - quinto andar
paz, justiça e liberdade - mc bacon
portishead - silence
you know i´m no good - amy winehouse
(remix c/ ghostface killah)

...

ॐ हरी ॐ
नमस्ते

domingo, 11 de maio de 2008

contagem regressiva rumo ao nada

.
.
..
...
(...)
gritos? sussurros?
brados coléricos e até alguns murros
não, não, é impossível
(tudo permanece em silêncio)
(...)
mas onde estou?
meu corpo, minhas vestes, minhas preces?
não consigo ver
será que morri?
(tudo permanece em silêncio)
(...)
o sussuro sibilante semeia surtos,
sensação sinistra, como um sonho,
sentidos de súbito desconforto
sobressaltam meu ser
e o silêncio?
(...)
...
..
.

por rodrigo cruz - 11/05/08

quinta-feira, 1 de maio de 2008

para n perder o costume

(Nota da redação: poema enviado por Rafael Coimbra. Autor Hicla.
Para evitar acusações de plágio, informo que o poema não é de autoria de nenhum dos responsáveis pelo blog "asilo arcana")


o calafrio na espinha sigo no beco
sem demonstrar medo
o som do vento
como a luz de mil estrelas em meus olhos
um gosto amargo de fúria e ódio
porque as pedras rolam
sem parar
eu a gritar
encantos e magia
sobre a lua
de prata
um gesto simples que mata
a maldade oculta nas faces de rugas
o fogo ardente
o que será daqui pra frente
os inimigos agonizam
eternamente
um anjo de luz voa sobre o céu incandescente
no apocalipse iminente


Bom feriado para todos (trabalhadores ou não)
Afinal, poesia também é labuta, não tem hora nem local para acontecer... exige esforço, sangue, suor, lágrimas e coração...
Obrigado aos (poucos) frequentadores do asilo arcana! Continuem colaborando, enviando críticas (e sugestões), reclamando ou apenas acessando a página!
pax
haribol
semos nozes